domingo, 31 de agosto de 2008

FIQUE BEM INFORMADO

http://www.anped.org.br/reunioes/30ra/trabalhos/GT12-3649--Int.pdf

http://www.rio.rj.gov.br/sme/downloads/cme/indicacao3.doc

COMO A LDB CONCEBE A APRENDIZAGEM


A Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional (LDB), promulgada em 1996, é uma lei emanada do Congresso Nacional. Como lei 9.394/96, deve ser cumprida e respeitada. No entanto, para os educadores, deve ser tomada, também, como uma espécie de livro sagrado e, sendo assim, reverenciada.
Vicente MartinsNa Lei da Educação, são muitas as acepções de aprender que podemos depreender a partir da leitura de seus dispositivos legais referentes à educação escolar. São estes princípios, indicados abaixo, um importante exemplário de conduta para diretores, professores, pais e alunos e, por isso mesmo, devem nortear, à guisa de um decálogo da boa aprendizagem, às práticas escolares:1. A liberdade de aprender como principio de ensino (Inciso II, art. 3º, LDB): cabe ao educador a tarefa de, no âmbito da instituição escolar, ensinar a aprender, mas respeitar, como princípio, a liberdade de aprender. Só se aprende a aprender, papel fundamental da escola, na sociedade do conhecimento, com espírito de liberalidade, com espírito de liberdade de perceber, conhecer e aprender a ver o mundo com os olhos de um ser livre. Ensinar só tem sentido, no meio escolar, quando a liberdade é guia para a ação de aprender. 2. A garantia de padrões mínimos de qualidade de ensino para desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. (Inciso IX, art. 4º, LDB): cabe ao poder público, através dos governos; às famílias, através dos pais e responsáveis e à sociedade, como um todo, ofertar um ensino de qualidade. A qualidade de ensino só pode ser medida sob enfoque da aprendizagem. Não há qualidade de ensino quando o aluno deixa de aprender. Não há aprendizagem sem a garantia, a priori, de que as condições objetivas de aprendizagem estão hoje e serão permanentemente asseguradas: dinheiro direto na escola e gestão democrática de ensino.3. O zelo pela aprendizagem dos alunos como incumbência dos docentes (Inciso III, art. 13, LDB ): aos docentes, o zelo pela aprendizagem do ensino é, antes de tudo, uma questão de compromisso profissional, ético, e resulta de uma atitude deontológica e ontológica perante seu papel educador na sociedade do conhecimento. Quando o aluno deixa de aprender, por imperícia ou incapacidade pedagógica, a escola perde o sentido de existir. Os alunos vão à escola para aprender a aprender, formar as bases de sua cidadania, para um exercício de co-cidadania, a partir do conhecimento do mundo e dos valores da sociedade.4. A flexibilidade para organização da educação básica para atender interesse do processo de aprendizagem (art. 23, LDB): À escola cabe a tarefa de patrocinar todas as formas eficazes de aprendizagem. O que interessa aos pais e agentes educacionais é a aprendizagem dos alunos. Se for preciso, deve a escola desmontar a estrutura antiga, mesmo que tenha sido a melhor referência educacional no século anterior. O importante é a escola fazer funcionar o ensino que garanta a aprendizagem dos alunos. A sociedade do conhecimento não se fossiliza mais em modelos, em paradigmas acabados: o paradigma novo, no meio escolar, é o devir, é a mudança constante.5. A verificação do aprendizado como critério para avanço nos cursos e nas séries (item c, inciso V, art. 24, LDB): Quem aprende a aprender, isto é, passou a ser capaz de aprender com a orientação docente, deve ser incentivado a ir adiante e, seu tempo escolar, deve ser, pois aligeirado ou abreviado. A escola não pode ficar, com o aluno, mais de uma década, engessando seu andar, seu pensar, seu aprender. A escola é meio. A escola não é fim. O fim da escola é a sociedade. O fim da sociedade é humanidade, com toda carga semântica que esta palavra sugere no tempo e no espaço. O fim escolar, pois, é estar bem em convivência, em sociedade. Assim, a aprendizagem vem da interação. O que a escola deve ensinar é a estratégia de interagir, de aprender na socialização de idéias e opiniões, para que o aluno, desde cedo, se prepare para ação no meio social. É a vida social a verdadeira escola de tempo integral.6. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, como estratégia para objetivar a formação básica do cidadão no ensino fundamental (Inciso I, art. 32, LDB): Ninguém nasce aprendiz, embora todo ser nasça para aprender. A capacidade de aprender deve ser, pois, desenvolvida nos primeiros anos escolares. Para tanto, devem ser definidas, desde logo, nas escolas, as estratégias de aprendizagem que priorizem a leitura, a escrita e o cálculo. O que fazemos na sociedade do conhecimento depende unicamente da leitura, escrita e o cálculo. Por isso, deveriam ser as três únicas disciplinas do currículo escolar. A escola não deve se ocupar de domesticar, isto é, passar a ser, coadjuvante, de um aparelho ideológico do Estado ou da sociedade política, de natureza coercitiva, assim como, historicamente, vem procedendo a Igreja e a Justiça. A escola deve unicamente preparar seus alunos para a vida em sociedade, para a prosperidade material e comunhão entre os homens.7. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores para objetivar a formação básica do cidadão no ensino fundamental (Inciso III, ar. 32, LDB): cabe à escola desenvolver estratégias para fortalecer a memória de longo prazo (MLP) dos educandos. A aprendizagem é o assegurar de informações e conhecimentos, por parte do educando, no seu "estoque de informação na memória". Quem memoriza, pensa mais. Quem pensa mais, aprende mais. Quem aprende mais, emancipa-se mais cedo. O homem só aprende quando é capaz de manipular o que produz, os objetos, as mercadorias e as máquinas. Uma criança que depende de uma simples máquina de calcular para saber quanto é 2 + 2, ou 2 X 2 ou 2 X 9 ou 2 X 2,897 não está preparada para resolver, no mundo, de cabeça, soluções domésticas, cotidianas, imediatas, em interação com outro, que exigem, em ação rápida, uma decisão pronta, às vezes, uma questão de valor para a vida social. Aprender é espécie de gol de placa quando a bola não cai no pé mas na cabeça.8. A adoção no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem,. (§ 2º, art. 32, LDB): cabe à escola criar as condições de aprendizagem, através de oferta das mais diversas e criativas formas de aprender, e não temer que seja avaliada por métodos inovadores, antigos, ou tradicionais. Por isso, a escola, pensando e agindo bem, fazendo com que seu aluno sempre venha a progredir, deve constantemente atualizar ou mudar seu ritmo de acesso aos saberes, e assim, seus docentes, devem estar atentos para as formas de avaliação que vão se desenhando nas instituições educacionais, não como forma de controle pedagógica, mas como forma de verificar se estar valendo a pena a mudança ou a alteração dos modelos novos instaurados no meio escolar. Mudar é preciso para a garantia da ação de aprender.9. A garantia às comunidades indígenas da utilização, no ensino fundamental, de processos próprios de aprendizagem. (§ 3º, art. 32, LDB): aos índios e a todos os representantes das minorias, incluindo os pobres e negros, devem ter assegurados critérios justos de avaliação pedagógica. Devemos tratar igualmente a todos por suas diferenças. Isso requer mais trabalho, maior suor dos docentes, mas cumpre um papel importante de eqüidade na sociedade de classes. Quem respeita as minorias, transforma a escola em excelência de eqüidade. 10. A continuidade do aprender como finalidade do ensino médio para o trabalho e a cidadania do educando (inciso II, art. 35, LDB): quando concluímos a educação básica, devemos ser estimulados a seguir a caminhada rumo à Universidade, instância da educação superior. Lá, somos realfabetizados e descobrimos que aprender é um continuum: aprender é um processo que se dá, inicialmente, no meio escolar, mas perdura, por toda vida, na sociedade. Aprender é como beber água: é bom demais.
Vicente Martins é professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA),

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A CRIANÇA E A CRIATIVIDADE

“ A criatividade é tanto uma atitude perante a vida como uma questão de talento. No dia-a-dia, testemunhamos a criatividade em crianças mas é difícil encontra-la nas mais velhas e nos adultos, pois o potencial criativo destes últimos foi reprimido por uma sociedade que encoraja a conformidade intelectual. Começamos a repressão da criatividade natural das crianças quando se espera que elas pintem no interior dos contornos dos seus livros de colorir.” (Stemberg e Williams, 1999)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

METODOLOGIA que faz a diferença....


A Metodologia dos 5S's foi criada no Japão, com base nos princípios ensinados pelos pais, que devem acompanhar os filhos por toda a vida. Amplamente utilizada em treinamentos empresariais, ela é assim denominada em função das cinco letras S que formam os seguintes conceitos ou sensos:
1. Seiri – senso de organização;
2. Seiton – senso de arrumação;
3. Seiso – senso de limpeza;
4. Seiketsu – senso de padronização e
5. Shitsuke – senso de disciplina.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O PEDREIRO

Antônio era um funcionário dedicado que estava prestes a se aposentar. Ele foi um dos primeiros a trabalhar na maior construtora da região. O dono dessa construtora muito famosa, era justo e bondoso, e quis fazer uma surpresa ao seu funcionário.
Ele chamou Antônio em sua sala e disse: - "Antônio eu tenho uma missão muito especial para você. Eu quero que seja construída uma casa com muito capricho usando o melhor material. Não se preocupe com o custo. Que nada falte a esta casa, pois é um presente especial que quero dar a uma pessoa muito querida.... Ah, e faço questão de lhe pagar à parte por esta construção".
Antônio ficou aborrecido, e disse consigo mesmo: "Justo agora que vou me aposentar vou ter que construir esta casa. E logo uma casa tão especial que o próprio dono pediu para ser a melhor que eu já fiz".
Muito irritado começou a construir a casa, mas sem cuidado nenhum usando até material de segunda. A raiva que ele estava do patrão era tão grande, que em pouco tempo, terminou a pior casa que já tinha feito em sua vida. Antônio foi falar com o dono da construtora, para receber o seu dinheiro e ficou surpreso, quando foi convidado para na semana seguinte entregar a chave ao novo proprietário.
Era um domingo, vários funcionários lá estavam quando Antônio chegou. Havia um palanque montado e uma multidão o aguardava. Convidado a subir no palanque ao lado do dono da construtora, Antônio ouviu as primeiras palavras que ele disse: - "Esta casa foi construída pelo meu melhor funcionário e com o melhor material já utilizado. Apesar de ter se aposentado na semana passada, mesmo assim ele fez com amor como sempre o fez."
Quando Antônio olhou para trás, viu que lá estavam sua esposa, filhos e netos. O dono da construtora prosseguiu dizendo: -"Como presente de aposentadoria eu quero lhe dar a melhor casa já construída por você". Antônio recebeu a chave e começou a chorar...

sábado, 16 de agosto de 2008

ENTREVISTA (1) - Curso de Pedagogia

Entrevistada: Profª Maria Celeste Lameira
Entrevistadora: Tainara Vianna (CEPJA/2007)

Você acredita que a formação docente está atendendo aos objetivos do ensino brasileiro?
- Não, porque nas escolas de formações de professores (Ensino Médio/Universitdades) ainda, se pratica a educação pautada na tendência reprodutora, àquela que só reproduz os valores da sociedade vigente, em vez de refletir sobre eles, questiona-los e reforma-los em benefício da construção da cidadania ativa e consciente.

Os profissionais de educação estão buscando aperfeiçoamento?
- Nem sempre. O salário do profissional de educação é alto em termos de Brasil, porém, baixo em termos de necessidades básicas de sobrevivência huamana e profissional. Isto faz com que a maioria dos professores tenha mais de um emprego, ou jornada dupla, e acabem por não dispor de tempo suficiente ao seu aprimoramento e atualização que, no mundo moderno deveria ser continuada.

A prática de ensino de no mínimo trezentas horas para a formação docente, como é previsto na Lei de Diretrizes e Base, é suficiente para uma boa formação?
- Prática Docente????? Infelizmente o que constatamos na formação de professores (Ensino Médio/Universidade) é a prática docente sendo relegada ao simples estágio de observação e, tempos nas instituições de ensino onde o professor da disciplina se dispõe a verificar “papéis/formulários de estágios”.

Os docentes estão sendo valorizados em seu trabalho?
- Não. Mas principalmente porque nós não nos fazemos valorizados, à medida que compactuamos com todo este “sistema” de pseudas mudanças propostas por razões eleitoreiras e oportunistas, sem fazer prevalecer à voz da competência docente comprometida realmente com a escola e educação de qualidade.

Na sua opinião, os professores que terminam o curso normal, estão capacitados para assumir uma turma?
- A maioria não, pois o Ensino Médio(4 anos), passa muito longe da adequada formação necessária ao legítimo exercício da profissão.

O que a senhora acredita que deve ser mudado na nossa educação?
-Principalmente os Cursos de Formação de Professores (Ensino Médio/Universidade). Essa mudança deve apresentar-se centrada, principalmente, no Currículo; na revisão dos conteúdos das disciplinas ministradas; nos recursos utilizados em salas de aula; na mentalidade dos gestores e na proposta séria que leve cada professor, cada aluno, cada funcionário de cada instituição a tornar-se comprometido com o que faz, com aquilo que produz e na transformação da escola em um verdadeiro espaço de produção e expansão de conhecimentos norteadores de pessoas melhores, mais satisfeitas consigo mesmas, mais abertas para o trabalho, mais envolvidas na busca da própria felicidade e satisfação pessoal. Sem no entando, esquecer que o dinheiro é imprescindível a nossa sobrevivência, mas que não é o único, nem primeiro bem maior que devemos ter como meta.

A PORTA

Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, a qual haviam gravadas figuras de caveiras. Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia: - vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados.
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe: Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que havia por trás da assustadora porta?
- Vá e veja.
O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, ate que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade. O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:
- Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta. Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar? Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

CONVIVÊNCIA

Há milhões de anos, durante uma era glacial, quando parte de nosso planeta esteve coberto por grandes camadas de gelo, muitos animais, não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições.
Foi, então, que uma grande quantidade de porcos-espinho, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começaram a se unir, juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam uns aos outros, aqueciam-se mutuamente, enfrentando por mais tempo aquele frio rigoroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.
E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes.
Doíam muito... Mas essa não foi a melhor solução!
Afastados, separados, logo começaram a morrer de frio, congelados.
Os que não morreram voltaram a se aproximar pouco a pouco, com jeito, com cuidado, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem magoar, sem causar danos e dores uns nos outros. Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.