domingo, 14 de junho de 2009

PROFESSOR ... CUIDE DA SUA VOZ

A voz dos professores corre sempre perigo. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Subdelagacia do Trabalho da Zona Norte de São Paulo, em parceria com o Sindicato dos Professores e com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
A pesquisa, que começou em junho do ano passado, envolveu até o momento 1,5 mil docentes, de ambos os sexos, com idade predominante entre 30 e 45 anos, de nove universidades.Para realizar o estudo, os 1,5 mil professores entrevistados até o momento, responderam a um questionário que avaliou as condições de trabalho, o controle da saúde, as medidas de prevenção para a saúde da voz e a prevalência de doenças. Dos entrevistados, 60% nunca tiveram nenhum cuidado com a voz contra 34% que afirmaram ter; e 83% nunca realizaram um exame com um especialista.Do total de questionários, 217 foram analisados minuciosamente, sendo 55% homens e 45% mulheres. "Estatisticamente, essa amostragem diz respeito à realidade dos demais professores", afirmou Sandra. Desses, 54% dos docentes ministram aulas de 100 minutos; 76% disseram que sentem dor e irritação na garganta; 61% afirmaram ter variação da voz durante o dia de trabalho; 54% acabam a semana com a voz ruim; e 29% acordam diariamente com rouquidão. "Os professores não têm mesmo informação alguma sobre como cuidar de suas vozes. Usam a laringe e as pregas vocais (corda vocais) indevidamente ou falam numa intensidade errada, além disso, não bebem água constantemente e poucos usam microfones", afirmou Monica Cristina Andrade Bassetto, coordenadora do curso de especialização em audiologia da Faculdade de Medicina da Fundação ABC.As profissionais afirmam que, além da disfonia (alteração na produção da voz), o uso inadequado da voz pode causar rouquidão, afonia (perda da voz); variações no tom e nódulos (calos nas pregas vocais), que só podem ser retirados cirurgicamente.
TRATAMENTO
- O tratamento para tais problemas pode variar do uso de medicação oral, fonoterapia (terapia para aprender a controlar e corrigir a voz) até cirurgia. "Mas a prevenção ainda é fundamental. Numa simples palestra, num artigo ou numa consulta com um profissional, o professor pode aprender dicas importantes para preservar a qualidade de sua voz", afirmou Monica.
DICAS:
- Beba goles de água em temperatura ambiente durante as aulas. A água mantém as pregas vocais hidratadas.
- Engula a água devagar para movimentar a musculatura da língua e dar mais força à voz.
- Diminua o consumo de café, pois ele desidrata as pregas vocais.
- Se você leciona para mais de 50 alunos, use microfone em sala de aula.
- Não grite para ser ouvido. Isso pode ser muito prejudicial.
- Falar por horas seguidas também não é indicado.
- Faça pausas durante seu período de aulas.
- Controle os ruídos em seu ambiente de trabalho.
- Se o som aumenta, automaticamente sua voz também.
- O fonoaudiólogo pode lhe ensinar exercícios para o uso adequado da sua voz.
- Se notar algum problema com sua voz, procure um especialista e depois do diagnóstico, não se esqueça de comunicar à instituição em que você leciona sobre seu problema.

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